Manhattan resgata glamour do teatro e do cinema norte-americanos dos anos 50 e estreia em maio no Teatro Nair Bello. Com dramaturgia de Paulo Emílio Lisboa e direção de Mauricio Guilherme, o espetáculo conta a história da atribulada vida de um roteirista de cinema, na charmosa Nova York dos anos 50
Todo o glamour e a busca pela fama numa Nova York dos anos 50, década dourada para o teatro e o cinema norte-americanos, inspiram Backstage Manhattan, com dramaturgia de Paulo Emílio Lisboa. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, entre os dias 10 de maio e 28 de julho.
A direção é assinada por Maurício Guilherme e o elenco, além do próprio Paulo Emílio Lisboa, traz Priscila Sol, Letícia Birkheuer, Cynthia Falabella e Anderson Di Rizzi.
A dramaturgia é livremente inspirada na trajetória e na figura de norte-americano Tennessee Williams (1911-1983), pseudônimo de Thomas Lanier Williams III, um dramaturgo e escritor norte-americano que viveu todo o auge dessa época. Ele ficou conhecido por ter escrito grandes peças, como “Um Bonde Chamado Desejo” (vencedora do prêmio Pulitzer de Teatro), “Gata em Telhado de Zinco Quente”, “A Descida de Orfeu” e “Anjo de Pedra”, além de dezenas de roteiros para o cinema.
“O Sr. Wiliams e seus textos, como as peças ‘A Dama da Bergamota’ e ‘A Mulher do Gordo’, foram as nossas maiores referências. Ele foi uma figura à frente de seu tempo, assumiu sua homossexualidade em plenos anos 50, quando isso ainda era crime em vários lugares dos Estados Unidos. E, claro, também nos inspiramos em Nova York e no cinema norte-americano. Exaltamos aquele glamour que não é puramente financeiro, mas comportamental – que foi se perdendo com o passar do tempo”, comenta o autor Paulo Emílio Lisboa.
A trama se passa em um prédio em Nova York onde vivem o famoso escritor Sr. Williams e o ator John Puccini, grandes amigos e parceiros de trabalhos de bastante sucesso. Eles curtem uma vida badalada e glamurosa, regada a festas, jantares em restaurantes chiques, estreias, teatro e cinema, junto com outras grandes figuras da cidade como a atriz Vivian Leigh e o diretor Alfred Hitchcock.
Sr. Williams (Anderson di Rizzi) está sendo pressionado por seus produtores e por um estúdio de cinema para entregar o roteiro de seu próximo longa-metragem. E ele precisa ter muita paciência para receber os diversos artistas que o aguardam na entrada do prédio, como a atriz veterana Emily (Cynthia Falabella) e a sonhadora atriz aspirante Deise (Priscila Sol). Todos querem um personagem em uma das histórias do grande escritor.
Deise sensibiliza Sr. Williams e ganha a chance de fazer um teste para atuar ao lado de John Puccini (Paulo Emílio Lisboa). Mas, a ciumenta Emily, ex-noiva do ator, está preparada para arruinar qualquer pessoa que se aproxime de seu amado. Cindy (Letícia Birkheuer) é uma mulher elegante, bonita, talentosa e cria uma relação de afeto com o Sr. Williams.
A peça, segundo o autor Paulo Emílio Lisboa, fala sobre amor, desejo e o sonho com a fama. “Deise, assim como qualquer participante do Big Brother nos dias de hoje, quer fazer sucesso de qualquer jeito. E todo mundo está lutando por seu lugar ao sol, tentando sobreviver, trabalhar honestamente, ter reconhecimento, ganhar dinheiro e sair na capa de revista. O texto fala sobre duas coisas inegociáveis: o sonho e o amor. E com isso não se brinca”, revela.
Lisboa ainda conta que todo o cenário e figurino da peça, assinados por Andrei Ara e Marcela Andrade respectivamente, resgatam o glamour da época. Já a iluminação, pensada por Wagner Pinto, explora bastante a penumbra, com luminárias da época e luzes de abajures.
E a trilha sonora não podia ser diferente. “Os personagens vivem num apartamento ao lado do contrabaixista do Chet Baker e eles ficam ouvindo os ensaios desse grande trompetista e cantor ao fundo. Por isso, a trilha sonora vai ser recheada de jazz de alto nível”, antecipa o autor.
Em relação ao trabalho com os atores, ele conta que o grupo está trabalhando uma linguagem completamente realista, sob a direção de Maurício Guilherme, que também assina a trilha sonora da peça. “É uma atuação quase cinematográfica, sempre pautada pela verdade cênica, a vida como ela é”, acrescenta Lisboa.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Paulo Emílio Lisboa
Direção: Mauricio Guilherme
Produção geral: Paulo Emílio Lisboa
Produção de elenco: Andrea Coelho
Elenco:
Letícia Birkheuer (Cindy)
Anderson Di Rizzi (Sr. Williams)
Paulo Emílio Lisboa (John Puccini)
Priscila Sol (Deise)
Cynthia Falabella (Emily)
Assistente de produção: Tatiana Marcaçalho
Figurino: Marcela Andrade
Cenário: Andrei Ara
Iluminação: Wagner Pinto
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Estagiário: Rodrigo Odone
Designer gráfico: Carlão Araujo
Trilha sonora: Mauricio Guilherme
Edição da trilha: Gigi Magno (Eletrola Produções)
Gestão de patrocínio: Doble Cultura | João Claudio Noronha
Sinopse Manhattan
Manhattan se passa na Nova York dos anos 50. Na corrida pelo Oscar de 1956, o famoso Sr. Williams está pressionado pelos seus produtores e pelo estúdio para entregar o mais breve possível o novo roteiro do longa-metragem. No mesmo prédio onde ele vive, mora o famoso ator John Puccini, grande amigo e parceiro de trabalhos de grande sucesso. Juntos, Sr. Williams e John Puccini curtem a vida badalada e glamourosa de Nova York. E o escritor precisa de muita paciência para receber diversos artistas que o aguardam na entrada do prédio, como as atrizes Deise e Cindy. Já a ciumenta Emily, ex-noiva de John Puccini, tenta arruinar qualquer pessoa que se aproxime de John, inclusive o próprio Sr. Williams.
Serviço
Manhattan, de Paulo Emílio Lisboa
Temporada: 10 de maio a 28 de julho
Sextas, às 21h; Sábados, às 20h; Domingos, às 18h
Teatro Nair Bello – Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569, 3º Piso, Consolação
Ingressos: R$ 100
Capacidade: 200 lugares
Classificação: 16 anos
Duração: 80 minutos
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.